São Paulo, quarta-feira, 2 de abril de 1997
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Bolsa paulista segue o nervosismo de NY

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bovespa operou ontem seguindo as idas-e-vindas do mercado nova-iorquino de ações, que oscilou fortemente o dia todo. No fechamento, Nova York subiu 0,4%, levando o Ibovespa a fechar com alta de 1%.
Os dois mercados, no entanto, operaram em baixa parte do dia. No caso do Ibovespa, por exemplo, a queda chegou a ser de 2,6%.
É verdade que o desempenho da Bolsa de São Paulo reflete basicamente o interesse dos investidores nacionais e internacionais pelas ações da Telebrás.
Telebrás PN, por exemplo, concentrou 63,4% do total de negócios do mercado à vista.
Já o mercado nova-iorquino operou sob forte nervosismo devido aos indícios de aquecimento excessivo da economia dos EUA.
No final do dia, os preços se recuperaram e o índice subiu, depois de chegar a cair 1%.
Analistas estavam divididos com relação à interpretação do desempenho do mercado.
A questão é saber se a instabilidade significa uma tendência que se manterá ou se foi apenas uma correção dos preços.
Esse nervosismo que marca o mercado de ações de Nova York nos últimos dias se deve à possibilidade de nova alta dos juros.
O mercado teme que o Federal Reserve volte a subir as taxas básicas do mercado financeiro norte-americano para evitar um repique dos índices de inflação.
Ontem, por sinal, novos indicadores foram divulgados, reforçando a tese de aquecimento excessivo da economia dos EUA.
O governo norte-americano divulgou um "mix" de vários indicadores, que funciona como um termômetro de como estará o ritmo de atividade da economia norte-americana para um período de seis a nove meses.
Esse índice subiu 0,5 ponto percentual em fevereiro, o maior aumento em um ano.
Com a instabilidade, o rendimento pago nos títulos norte-americanos de 30 anos subiu mais uma vez, chegando a pagar 7,12% ao ano, recuando depois para 7,09%, próximo ao de segunda.
Câmbio
No câmbio, o dia foi tranquilo, com as cotações estáveis para pronta entrega. No futuro, os contratos "curtos" recuaram.

E-mail: mercado@uol.com.br

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