São Paulo, quinta-feira, 3 de abril de 1997![]() |
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Aplicação em Bolsa vai ser investigada
ALEX RIBEIRO
O objetivo da CPI é localizar pelo menos parte do dinheiro desviado pelo esquema dos títulos públicos. Os senadores suspeitam que, depois de enviado ao exterior, o dinheiro tenha retornado ao Brasil para ser aplicado em ações. Anteontem, o senador Romeu Tuma (PFL-SP) se reuniu com o diretor de Fiscalização do BC, Cláudio Mauch, para acertar a verificação dos recursos que entram pelo chamado Anexo 4. O Anexo 4 (o nome é referente às regras do Conselho Monetário Nacional para o ingresso de recursos no país) permite que investidores -pessoas jurídicas- do exterior façam aplicações em ações negociadas nas Bolsas brasileiras. Segundo Tuma, as investigações vão ser direcionadas principalmente aos fundos gerenciados pelo Banco Dimensão. Ele acha que poderá localizar a sequência dos recursos obtidos com as operações irregulares da IBF Factoring. A CPI possui indícios de que a IBF é uma "laranja" da distribuidora Split, que participou de operações supostamente irregulares com títulos públicos. Relatório da Polícia Federal mostra que a IBF movimentou R$ 123 milhões, a maior parte por meio de cheques do Dimensão. O rastreamento desses cheques revelou que o dinheiro foi para doleiros instalados em cidades próximas à fronteira. Tuma acha que parte desses R$ 123 milhões voltou ao Brasil, por meio do Anexo 4. Dando sequência ao rastreamento do dinheiro enviado a doleiros, a CPI chegou a dois nomes: os irmãos Carmen Alonso Javiel e Benício Alonso de Godoi. Em conta do Banco do Brasil em Foz do Iguaçu (PR), Carmen recebeu da IBF R$ 21 milhões. Godoi teve depositados R$ 113 milhões, a maior parte pela IBF. Texto Anterior: Dono do Vetor vai ser indiciado pela PF Próximo Texto: Presidentes de bancos vão depor na CPI Índice |
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