São Paulo, quinta-feira, 3 de abril de 1997
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Gaúcho cria cirurgia para aumentar pênis

LÉO GERCHMANN
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Os médicos gaúchos Bayard Fischer Santos, Marco Aurélio Correa e Nelson Heller criaram uma nova técnica cirúrgica para correção do pênis pequeno.
A técnica foi mostrada em vídeo no dia 8 de março em Sevilha, no Congresso Nacional de Andrologia da Espanha.
No dia 20 de junho, haverá um evento em Porto Alegre (RS) no qual a cirurgia será executada mediante a assistência já confirmada de cirurgiões de diversos países.
"A nova técnica em breve deverá se tornar padrão internacional", disse Fischer Santos, que é um dos fundadores da Academia Norte-Americana de Andrologia.
A novidade tem a vantagem, segundo os médicos que a criaram, de não deixar cicatrizes no pênis.
A técnica consiste em uma única incisão na parte onde se inicia o pênis, próxima à bexiga.
Por ela, é introduzida uma fina cânula (tubo de plástico) da espessura de uma caneta. Na extremidade da cânula, há uma minúscula câmera de vídeo, que transmite a cirurgia.
Lipoaspiração
Pela cânula, penetram os instrumentos cirúrgicos que fazem a liberação dos ligamentos do membro. Ao mesmo tempo, é realizada uma lipoaspiração. Com a gordura aspirada, faz-se a cobertura do pênis. Isso aumenta o seu diâmetro.
O crescimento do pênis ocorre de forma proporcional: a liberação dos ligamentos aumenta o comprimento, e a lipoaspiração o engrossa.
"Os resultados operatórios dos primeiros pacientes mostraram que a técnica é segura, com bem menos risco de infecção", afirmou Fischer Santos.
A anestesia é local e o paciente pode retornar às suas atividades em 72 horas. A utilização do membro ocorre em 12 dias.
A técnica mais usada até hoje, em todo o mundo, consiste na execução de uma ou mais incisões nas partes de cima e dos lados do membro. Logo depois, são introduzidos bisturi, pinças e tesouras, com a finalidade de liberar os ligamentos. As cicatrizes são comuns.

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