São Paulo, quinta-feira, 3 de abril de 1997
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Bomba fere 11 militares israelenses

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um novo atentado em uma estrada do Oriente Médio deixou 11 israelenses feridos na Cisjordânia. Não há detalhes sobre o autor do ataque, provavelmente um palestino, que fugiu.
Após ser atingido por bomba feita de gasolina, um ônibus, com soldados israelenses, capotou, rolou por cerca de 20 metros e se incendiou. Um carro de bombeiros palestino debelou as chamas.
O incidente aconteceu nos arredores do campo de refugiados palestinos de Jalazoun, e Israel impôs toque de recolher na área.
Apesar da crescente tensão que cerca as relações entre palestinos e israelenses, David Bar-Illan, porta-voz do premiê Binyamin Netanyahu, confirmou ontem que o Parlamento do país aprovou a expansão de colônias israelenses na Cisjordânia. A aprovação havia sido noticiada pelo jornal "Haaretz".
A onda de violência que atinge a região é resultado da decisão israelense de construir 6.500 casas em Jerusalém oriental, área reivindicada pelos palestinos.
Anteontem, palestinos e israelenses trocaram acusações devido a duas explosões na faixa de Gaza -segundo os palestinos, os israelenses forjaram um atentado.
A polícia palestina deteve ontem 30 militantes do grupo Jihad (Guerra Santa) Islâmica, por causa das explosões de anteontem. O Jihad é o principal suspeito das explosões, mas nega a participação em ambos os supostos atentados.
Netanyahu acusa o líder palestino, Iasser Arafat, de ter autorizado atentados em represália à obra.
A disputa levou à paralisação do processo de paz e ao congelamento das relações entre países árabes e Israel. Os palestinos dizem que o novo assentamento é uma tentativa de "judaizar" aquela região.
Como contra-ofensiva, executivos palestinos disseram que vão incentivar a construção de casas para árabes em Jerusalém oriental.

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