São Paulo, quinta-feira, 3 de abril de 1997
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Clinton quer acelerar ajuste entre Israel e árabes

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, deverá expor ao presidente dos EUA, Bill Clinton, na segunda-feira, sua proposta de acelerar as negociações diplomáticas com a Autoridade Nacional Palestina em troca de um compromisso público formal de Iasser Arafat contra o terrorismo.
A visita de Netanyahu a Washington estava pendente. Após ter-se encontrado na terça-feira com o rei Hussein, da Jordânia, Clinton disse estar disposto a dar "passos significativos" para recolocar o processo de paz no Oriente Médio em andamento e manifestou seu desejo de conversar logo com Netanyahu pessoalmente.
O porta-voz da Casa Branca (sede do governo dos EUA), Mike McCurry, disse ontem não estar ciente da possibilidade de uma nova conferência de cúpula entre Netanyahu e Arafat em Washington nas próximas semanas. Em meios diplomáticos, havia circulado a informação de que essa cúpula está sendo articulada pelos EUA.
Segundo o embaixador de Israel em Washington, Eliahu Ben-Elissar, Netanyahu quer o apoio de Clinton para o seu plano, que tem como ponto principal a resolução no período dos próximos seis a nove meses das questões em discussão entre israelenses e palestinos. A condição para isso é que não ocorram mais atentados terroristas em Israel.
Anteontem, Clinton pediu a Arafat que adote "uma atitude de tolerância zero" com o terrorismo. "Não acredito que haja qualquer justificativa para o terrorismo em qualquer situação. Eu acredito que o terrorismo está sempre errado", disse Clinton, que reconheceu "alguns passos positivos" de Arafat.

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