São Paulo, sábado, 5 de abril de 1997
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Zico defende a lei que criou e critica os dirigentes

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

Arthur Antunes Coimbra, o Zico, ex-secretário nacional de Esportes e presidente do clube Rio de Janeiro F.C., defende a liberdade dada aos clubes pela lei que ele concebeu e acabou ficando com o seu nome.
"Continuo achando que o Estado não tem que interferir nos clubes nesse nível. A culpa do que aconteceu não é da lei."
Segundo ele, se os clubes alteraram seus estatutos para reforçar o poder do grupo da situação, a responsabilidade é dos próprios sócios e dos conselheiros.
"O Estado não pode impor democracia a ninguém. Se os clubes estão usando-a para se transformar em ditaduras, o problema é deles."
Zico prevê que essas medidas poderão prejudicar os clubes a longo prazo.
O ex-secretário afirma que não defende a lei na íntegra. Ele é contra, por exemplo, o artigo que permite o funcionamento dos bingos e que foi incluído na lei por emenda de um deputado federal.
"Essa não é a lei que eu queria, todos sabem. Mas não vejo como fazer diferente em relação à questão dos clubes."
(MD)

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