São Paulo, domingo, 6 de abril de 1997 |
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Gaúcho abre sua 2ª fronteira
JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
"Toledo era uma fronteira nova na época. Foi mais difícil do que agora, porque tudo era manual, na base da foice e do machado". Também aos 20 anos, seu filho Eleanor, 36, saiu do Paraná, onde o pai tinha ido tentar a sorte, para ser pioneiro no Mato Grosso. A família chegou a Sapezal em 81, quando só havia meia-dúzia de colonos. "A maior parte da terra do Estado na época era devoluta. E parentes dos governadores eram os posseiros", conta Eleanor, hoje presidente da Câmara de Sapezal. Ele diz que pagaram o equivalente a duas sacas de soja por hectare para obter a posse da terra. "Para legalizar a papelada no Incra custou o dobro", conta. Atualmente, os Dal'Maso plantam 2,7 mil hectares de soja e têm uma produtividade de 3,2 toneladas por hectare. "Temos muitas áreas novas (em 1º ou 2º plantio). Com tempo e tecnologia chegaremos a 3,5 toneladas por hectare." Ele calcula que não compensa ultrapassar a barreira de 4 toneladas/ha. Para obter essa produtividade, os investimentos passam a ser tão grandes que a margem de lucro começa a diminuir. Como a maioria dos produtores da região, os Dal'Maso não recorrem a bancos. O financiamento é direto com o fornecedor, em sacas de soja. (JRT) Texto Anterior: Mulher coordena a prefeitura Próximo Texto: Empregado vai virar produtor Índice |
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