São Paulo, segunda-feira, 7 de abril de 1997
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Brasil precisa de mais ação social, diz ONU

IGOR GIELOW
DA REPORTAGEM LOCAL

Os países da América Latina, encabeçados pelo Brasil, precisam trocar o discurso de ação social pela ação propriamente dita.
Esse é o cerne da reunião da ONU que começou ontem em São Paulo, organizada pela Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe).
O evento foi aberto por FHC -um seguidor dos princípios da Cepal nos anos 60. A entidade existe desde 1948 e teve o argentino Raul Prebisch como ideólogo.
Em seu discurso de abertura, FHC defendeu a educação como pilar para garantir a inserção nas economias globalizadas e negou adesão total ao mercado sem proteção social. "Isso seria ilusão, assim com idealismo simplório também", disse FHC.
Para o secretário da Cepal, Ernesto Ottoni, falta aos governos latino-americanos uma compreensão que não há dicotomia entre crescimento econômico e enriquecimento social.
"É positivo o surgimento das agendas sociais, como no Brasil. Mas é preciso mudar aquela idéia de que apenas o crescimento econômico traz justiça social. É preciso crescimento com qualidade, e qualidade que seja distribuída."
Mas como distribuir? Esse é o objetivo da reunião de cúpula, que envolve representantes de cerca de 60 países.

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