São Paulo, segunda-feira, 7 de abril de 1997
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Mercado será 'chacoalhado'

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A compra dos kits com as 300 obras de literatura brasileira, dicionários e enciclopédias selecionados pela comissão deverá triplicar os gastos do governo federal com livros não-didáticos.
Em 96, o MEC gastou R$ 13 milhões com a compra de 3,4 milhões de livros de literatura infanto-juvenil, dicionários e enciclopédias para abastecer as bibliotecas de 17 mil escolas públicas. Além disso, gastou R$ 9,5 milhões em conjunto com o Banco Mundial para distribuir mais de 9 milhões de livros para o Nordeste.
Ao todo, o gasto com obras não-didáticas em 96 chegou a R$ 22,5 milhões, enquanto os 84 milhões de livros didáticos consumiram R$ 206 milhões -quase dez vezes mais do que o Governo gastou com obras literárias.
Ainda não está definido qual a verba que será destinada para a compra dos livros dos kits escolhidos pelos "notáveis".
O aumento dos gastos do MEC com obras não-didáticas era uma antiga reivindicação das editoras e a decisão do presidente deverá chacoalhar o mercado.
"Vamos comprar milhares de volumes de cada obra", diz José Antônio Carletti, presidente do FNDE (Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação).

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