São Paulo, segunda-feira, 7 de abril de 1997 |
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Câmara Cascudo foi deputado por 3 dias
SILVIO CIOFFI
Seu casarão na avenida Hermes da Fonseca (tel. 084/222-0923), no bairro da Ribeira, o mais velho de Natal, é hoje um museu que guarda utensílios de tribos da Amazônia, fósseis, esqueletos e arte sacra. Provinciano incurável, Câmara Cascudo esteve várias vezes na África e na Europa, mas foi em seu gabinete de trabalho que escreveu quase 160 livros e mais de 2.000 artigos dedicados à cultura popular. Apaixonado pelo Brasil, dominava sete idiomas e viveu para ensinar. Estudou um ano de medicina em Salvador e outro no Rio para, doente, voltar a Natal e dedicar-se ao jornalismo. Descrito por seus convivas como um mestre simples e bem-humorado, o intelectual não fez questão da imortalidade da Academia Brasileira de Letras. Seu pecadilho foi ter sido deputado entre 1º e 3 de outubro de 1930, quando estourou a revolução de Getúlio Vargas. O "Dicionário do Folclore Brasileiro" é uma de suas obras reconhecidas internacionalmente. (SC) Texto Anterior: Natal teve primeira fábrica da Coca-Cola Próximo Texto: Morro do Careca revela beleza do litoral Índice |
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