São Paulo, segunda-feira, 7 de abril de 1997
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Milão ainda preserva costumes italianos

MARIANE COMPARATO
DA REVISTA DA FOLHA

Dizem que Milão é a cidade menos italiana da Itália. As pessoas são menos calorosas, imperam a moda, a música e o design. Porém o turista atento perceberá certos costumes típicos do país, como batidas de carro, pessoas "parlando" na rua e agitando os braços.
Distrações como introduzir um bilhete de entrada de um museu em vez do tíquete de metrô -e a catraca destravar- fazem parte do cenário e dão ao turista aquele sentimento inequívoco de que ele está mesmo na Itália.
Tida como uma cidade urbana demais, Milão cultiva hábitos de província, como passear na praça central. Na Piazza del Duomo, em frente à catedral, casais dão voltas e amigos se encontram para bater papo no domingo à noite.
O fato de Milão ser a cidade mais rica e industrializada da Itália tem uma explicação. O campo em torno da região sempre foi fértil. Frades "chesterianos" inventaram no século 12 um tipo de irrigação, chamado "dorso di mulo".
As vacas que pastavam ali deram origem a um queijo parecido com o parmesão, que enriqueceu a cidade. Por fim, riquezas adquiridas foram reinvestidas na indústria.
Mas, de alguma maneira, há a impressão de Milão não quer pertencer à "bota". Um exemplo são as feiras mais importantes do país: a "del Levante" (no sul) e a "Campionaria" (em Milão).
A primeira é voltada para o lado oriental da Europa, e a segunda, em abril, tem como alvo o lado ocidental, com produtos específicos e industrializados.

LEIA MAIS sobre Milão à pág. 6-15

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