São Paulo, quinta-feira, 10 de abril de 1997 |
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Obra parada de piscinão vira 'loteamento'
ROGÉRIO GENTILE; MAURO TAGLIAFERRI
Cada lote do piscinão Limoeiro tem cerca 125 metros quadrados e está sendo vendido por R$ 8.000. A reportagem da Folha esteve ontem no local e não viu qualquer funcionário trabalhando no piscinão (reservatório para armazenar águas pluviais), apesar de a Secretaria de Serviços e Obras informar que a obra está em andamento. Havia, sim, sete pessoas demarcando os lotes. Segundo eles, uma homem identificado como Diogo seria o presidente da Associação dos Moradores do Limoeiro e proprietário do loteamento. Ele não foi localizado. Além disso, a Folha constatou que, ao contrário do que diz a secretaria, não há nenhuma obra em andamento no Aricanduva. A secretaria informou que, além, do Limoeiro, estariam sendo construídos os piscinões Caguaçu e Aricanduva 3. O prazo de entrega seria dezembro de 1997. Os outros estariam em licitação. As obras, porém, estão paradas ou nem mesmo foram iniciadas. No Caguaçu, o mais adiantado, as obras foram interrompidas em 96. No local, há muita lama e lixo acumulado. "Havia muitas máquinas aqui e o barulho era infernal. Mas faz tempo que parou", afirma Silvia de Oliveira, 25, que mora em frente ao piscinão. O piscinão Aricanduva 3 nem foi iniciado. As pessoas que moram perto do local onde a obra seria feita dizem desconhecer o projeto. Outras obras da prefeitura estão atrasadas ou mesmo paralisadas, caso do Cebolinha (complexo de viadutos na região do Ibirapuera). Lá, a prefeitura diz que teve problemas judiciais e que a obra será encerrada em cerca de seis meses. Também o viaduto Washington Luís, zona sul, está com os trabalhos parados devido, segundo a prefeitura, a problemas com desapropriações de imóveis da região. Já na área da sáude, o PAS (Plano de Atendimento à Saúde) passa por problemas, com dívidas que chegam a R$ 30 milhões, fechamento de postos de atendimento e denúncias de irregularidades. A gestão tem obtido algum êxito na habitação, com a entrega de prédios do Projeto Cingapura. Até o final do mês, 2.812 unidades devem ter sido entregues. (ROGÉRIO GENTILE e MAURO TAGLIAFERRI) Texto Anterior: Prefeito não consegue 'emplacar' projetos sociais Próximo Texto: Vereadores trocam votos por regionais Índice |
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