São Paulo, quinta-feira, 10 de abril de 1997
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Malária pode se espalhar pelo mundo

DA REPORTAGEM LOCAL

A malária ameaça a África e pode se espalhar de forma incontrolável pelo mundo se os países desenvolvidos não investirem em pesquisas para o tratamento da doença.
O alerta é feito, na revista "Nature", por cientistas de algumas das principais instituições do mundo, como o Instituto Pasteur, o Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH) e o Conselho Britânico de Pesquisas Médicas.
O esforço dos pesquisadores tem como objetivo montar um programa de controle à doença no continente, a Iniciativa Africana de Malária. Segundo eles, os números são alarmantes: nove entre dez casos de malária ocorrem na África sub-saariana.
E o número total de pessoas com a doença pode chegar a 500 milhões, dizem. Desses, entre 1,5 milhão e 2,7 milhões morrem por ano, a maioria crianças.
É na África também que o micróbio causador da doença -o plasmódio- tornou-se resistente a alguns dos remédios hoje disponíveis para o tratamento: a cloroquina e o fansidar.
O problema torna-se mais grave em algumas regiões africanas, onde o mosquito transmissor urbanizou-se, isto é, conseguiu se adaptar para viver na cidade.
Seis países concentram os casos restantes de malária no mundo. Juntos, a Índia e o Brasil têm 51,2% dos casos registrados.
Genes do mosquito
Atualmente cientistas vêm tentando desenvolver métodos cujo objetivo é controlar o vetor da doença, o mosquito Anopheles.
Para que esses métodos sejam desenvolvidos é necessário que os cientistas conheçam os genes do mosquito, para que posteriormente possam modificá-los. Um mosquito modificado poderia, dizem, tornar-se incapaz de transmitir a doença ou de se reproduzir.
Um grupo trabalha desde 1980 na elaboração de um mapa dos genes do inseto.

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