São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 1997 |
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Estudantes depredam sede do MEC em SP
DA REPORTAGEM LOCAL Uma manifestação de estudantes, que reuniu cerca de 5.000 pessoas segundo a PM, parou a avenida Paulista (região central de São Paulo) e acabou destruindo parte da Delegacia Regional do MEC, também no centro de São Paulo.Os manifestantes, ligados à UNE (União Nacional dos Estudantes), UEE (União Estadual dos Estudantes), Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e Upes (União Paulista de Estudantes Secundaristas), protestavam contra a reforma do ensino técnico, a extinção dos cursos de magistério no Estado e a emenda constitucional nº 370, que trata da autonomia das universidades. Também pediam a demissão da secretária estadual da Educação, Rose Neubauer. A manifestação teve início às 10h30 em frente ao Masp (Museu de Arte Moderna de São Paulo), na Paulista. De lá, os estudantes, a maioria secundaristas e alunos de escolas técnicas, foram até a praça da República, onde abraçaram o prédio da Secretaria da Educação, que estava fechada. Durante todo o percurso, os estudantes gritavam palavras de ordem contra o presidente Fernando Henrique Cardoso e Rose Neubauer. A passeata seguiu pela avenida São João em direção à Delegacia do MEC (Ministério da Educação), que fica na rua Apa, região central. Eles ocuparam o prédio e houve tumulto. Os vidros de duas portas foram quebrados e uma funcionária se feriu levemente. Os estudantes reivindicavam uma reunião com a delegada do MEC em São Paulo, Gilda Portugal. Como ela estava em Brasília, o delegado substituto, Luiz Mário do Vale D'Avila, se ofereceu para receber os líderes das entidades. Os presidentes das quatro entidades estudantis e outros nove estudantes apresentaram suas reivindicações ao delegado. O presidente da UNE, Orlando Silva Júnior, elaborou uma pauta de reivindicações que foi enviada por fax ao gabinete do ministro da Educação Paulo Renato Souza. A manifestação terminou depois que o presidente da UNE conversou por telefone com o secretário particular do ministro, Raul Sanchez, que agendou uma reunião com o ministro para o próximo dia 22, em Brasília. A manifestação dos estudantes complicou o trânsito no centro e na zona sul da cidade. Às 11h, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) registrou 2,5 km de congestionamento na Paulista e na rua Vergueiro. A intenção dos cem PMs do CPTran (Comando de Policiamento de Trânsito) que acompanhavam o protesto era manter os estudantes nas duas faixas da direita. Mas eles não respeitaram. Texto Anterior: PM taxista mata ladrão desarmado Próximo Texto: Grupo usa extintor e banana Índice |
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