São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Rodízio não vai mais começar em maio
FABIO SCHIVARTCHE
O projeto de lei do Executivo autoriza o governo do Estado a implantar o rodízio antipoluição entre maio e agosto, com a possibilidade de estender a restrição de circulação para setembro, caso as condições meteorológicas estejam desfavoráveis à dispersão de poluentes. O projeto tramita na Assembléia Legislativa desde o dia 26 de março, mas Feldmann acredita que há pouco tempo (20 dias) para discutir a proposta entre os deputados e divulgar o programa. "Será difícil implantar o rodízio em maio, porque é preciso fazer uma negociação política na Assembléia e informar a população com uma forte campanha", disse o secretário, durante debate na Comissão de Meio Ambiente da Assembléia. O líder do governo na casa, deputado Vanderlei Macriz (PSDB), informou que o projeto do Executivo e as 65 emendas apresentadas estão sendo analisados pela primeira comissão -a de Justiça. Ainda faltam as apreciações das comissões de Assuntos Metropolitanos, de Meio Ambiente e, por último, de Finanças. "Há interesse do governo em acelerar a tramitação do projeto, mas não dá para garantir que seja aprovado a tempo de ser implantado em maio", disse Macriz. Caminhões O assunto que provocou mais polêmica no debate foi a inclusão dos caminhões, que, a partir deste ano, devem participar do rodízio, segundo o projeto de lei, que prevê a aplicação de multas (R$ 111,02) para todos os veículos infratores. Carlos Breda, assessor da presidência do Setcesp (sindicato das empresas de transporte de carga de São Paulo), acusou a Cetesb (agência ambiental paulista) de não ter cumprido acordo firmado no ano passado sobre programa de redução da poluição veicular. "O governo não ajuda em nada e ainda quer que fiquemos sem trabalhar um dia por semana", disse. O presidente do sindicato dos caminhoneiros autônomos, José Araújo, alegou que a Cetesb está criando uma máquina de multas com o programa de combate à fumaça preta (material particulado, liberado pelos veículos a diesel). "Não estamos sendo notificados antes da primeira multa", disse. Feldmann afirmou que o rodízio é um processo e que não poderia ter incluído esses veículos no ano passado, pois a sociedade precisava se preparar. "Este ano, além de combater o monóxido de carbono (CO), vamos atacar o material particulado." Texto Anterior: Estudantes de escola supletiva pedem direito a passe escolar Próximo Texto: Atraso já era esperado Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |