São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 1997
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Paulistano preferiu carona, diz pesquisa

FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL

O paulistano que cumpriu o rodízio de veículos em 96 optou pela carona solidária e pelo ônibus como meios de transporte alternativos, nos dias em que não pôde usar seu carro.
Em um universo de 740 alunos de 1º e 2º graus das redes pública e particular, 25% (185 pessoas) alteraram sua rotina de viagem, no trajeto de casa para o colégio.
Destas, 36,5% optaram pela carona, com vizinhos e colegas da escola. Outras 35% preferiram usar ônibus.
O deslocamento a pé teve a preferência de 13% dos alunos, e 12% foram para a escola de táxi.
Os dados são de uma pesquisa feita por Pedro Jacobi, 47, vice-presidente do Cedec (Centro de Estudos de Cultura Contemporânea), entre outubro e novembro de 1996 -semanas depois da realização do rodízio.
No ano passado, o programa foi realizado de 5 a 30 de agosto. Às segundas, não podiam circular os carros com placas de final 1 e 2. Às terças, carros com placas de final 3 e 4, e assim por diante.
O esquema deste ano deve ser semelhante, retirando a cada dia 20% dos veículos em circulação na cidade.
O Cedec enviou um questionário com 11 perguntas a diversas escolas de São Paulo. Entre outros pontos, os alunos mostraram seu grau de satisfação com o rodízio e suas dificuldades de adaptação.
Avaliação
O programa foi considerado ótimo por 28%, bom por 34%, regular por 25% e péssimo por 10% dos entrevistados.
Cerca de 12% (88 alunos) disseram ter encontrado dificuldades para se adaptar ao rodízio, a maioria da rede particular -grupo em que 61% dos integrantes vão para a escola de carro. Apenas 7% dos entrevistados da escola pública vão de carro para o colégio.
Entre as dificuldades, a mais frequente foi o atraso nas aulas -7%. Outros 4,5% disseram ter ficado impossibilitados de fazer trabalhos extraclasse, pela falta de carro na casa causada pelo rodízio.
"A pesquisa mostrou que o rodízio causou uma interferência muito pequena na vida das pessoas", disse Jacobi.
No entanto, ele prevê que o rodízio deste ano deve interferir mais no cotidiano dos alunos, por ter um período maior. "O impacto deve ser mais sentido."
(FS)

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