São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 1997
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HSBC-Bamerindus ganha regras especiais

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco Central desobrigou o HSBC-Bamerindus de cumprir, até março de 99, as aplicações mínimas em crédito imobiliário previstas pela legislação.
O banco também não vai precisar cumprir as regras de ajuste do patrimônio líquido ao grau de risco dos ativos. Essa regra está prevista em uma resolução do Banco Central para controlar o risco do sistema financeiro.
Essas duas exceções são informadas no documento do BC enviado à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Bancos envolvidos no Proer também receberam tratamento semelhante.
No caso do crédito imobiliário, o HSBC está liberado da aplicação pelo prazo de dois anos.
Alguns bancos acham esse investimento muito arriscado por causa do nível de inadimplência. Nesse caso, eles preferem recolher os 70% do saldo ao BC. A Caixa Econômica Federal recebeu R$ 2,547 bilhões na compra da carteira imobiliária do Bamerindus.
Segundo o documento do Banco Central, essas medidas foram adotadas para garantir condições adequadas de liquidez à nova instituição financeira. Assim, ela terá menos risco na aplicação dos seus recursos.
No caso das regras para risco bancário, o documento do BC diz que o HSBC pode manter seu patrimônio líquido "nos mesmos parâmetros utilizados pelo Bamerindus e suas controladas".
Na sequência, o BC diz que não se aplicam, no caso do HSBC, "as condições restritivas previstas no artigo 1º, caput, da resolução 2.212, de 16 de novembro de 95".
Essa resolução fixou regras para o cumprimento de exigências para a adequação dos bancos brasileiros ao Acordo da Basiléia, convenção internacional para o controle do risco no sistema financeiro.

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