São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 1997
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Gerdau investe US$ 65 mi na duplicação da ex-estatal Piratini

Produção de aço deve chegar a 240 mil toneladas por ano

CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O grupo Gerdau anunciou ontem a duplicação da Aços Finos Piratini, que passará a produzir 240 mil toneladas por ano. O investimento na duplicação foi de US$ 65 milhões.
O grupo previu, desde 92, quando a empresa foi comprada do governo gaúcho, gastos de US$ 227 milhões no processo de modernização da usina.
A Aços Finos Piratini prepara-se para fazer frente ao crescimento de demanda que ocorrerá em função dos investimentos previstos pela indústria automotiva no Mercosul. Um deles, da GM (General Motors), será no Rio Grande do Sul, sede do grupo Gerdau.
A Piratini, que fica em Charqueadas (região metropolitana de Porto Alegre), passará a contar, no segundo semestre de 1998, com a mais moderna usina de laminação de aços especiais do país, segundo o Grupo Gerdau.
A laminação adota a tecnologia "free-sizing", que possibilita a produção em qualquer bitola. Hoje, as bitolas têm dimensões padronizadas.
A empresa prevê que a produtividade também será duplicada nessa "fase 2" de modernização da siderúrgica, passando para 280 toneladas/homem/ano.
A Piratini fabrica aços para a construção mecânica (indústria automotiva), aços inoxidáveis e aços para ferramentas. A empresa detém 15% do mercado nacional de aços para construção mecânica. Com a duplicação, responderá por 20% do abastecimento.
Nos casos dos aços inoxidáveis e para ferramentas, a empresa, que tinha 7% nos tempos de estatal, passou a ocupar 35% do mercado sob comando privado, segundo o grupo Gerdau. Cerca de 10% das vendas da Aços Finos Piratini são destinadas para o Mercosul.
A empresa, em sua "fase 1" (de modernização), assinou contratos de transferência de tecnologia com a Thyssen Stahl, da Alemanha, e com a Daido Steel, do Japão.

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