São Paulo, sábado, 12 de abril de 1997
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Lampreia nega contato com Ramos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Luiz Felipe Lampreia (Relações Exteriores) afirmou ontem, por meio de nota oficial, que não conhece o ex-coordenador da Dívida Pública de São Paulo Wagner Baptista Ramos, apontado como um dos mentores do esquema de emissão irregular de títulos.
A quebra do sigilo telefônico do celular de Ramos pela CPI apontou um telefonema para a casa do ministro em dezembro de 1995.
A nota do Ministério afirma que Lampreia também "não conhece" José Luiz Priolli ou a "corretora" Negocial. A CPI detectou dois telefonemas da distribuidora Negocial para o celular do ministro, mas nenhuma chamada de Priolli, um dos sócios da empresa.
No cruzamento de informações obtidas mediante quebra do sigilo telefônico de pessoas e instituições investigadas, a CPI chegou a 224 chamadas para telefones do Ministério das Relações Exteriores, para o celular e a casa de Lampreia.
A nota do ministério refere-se a chamadas feitas para números do "gabinete" do ministro. Lampreia encontra-se na Dinamarca.
Embora não seja investigado pela CPI, o nome do ministro já havia sido citado por sua relação de parentesco com um dos sócios do Banco Vetor, Ronaldo Ganon.
A nota do ministério afirma que Lampreia tampouco conhece Jairo da Cruz Ferreira, chefe do Departamento da Dívida Pública do BC.

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