São Paulo, sábado, 12 de abril de 1997
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Criado conselho que vai decidir expulsão

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

O Comando Geral da PM instaurou o Conselho de Disciplina que irá julgar se os policiais militares envolvidos em tortura e assassinato na favela Naval, em Diadema (Grande São Paulo), serão expulsos da PM.
O conselho, formado por três oficiais, é chefiado por um tenente-coronel da PM. Segundo o tenente-coronel Rubens Casado, atual comandante do 24º Batalhão da PM, eles irão analisar os itens do regulamento disciplinar da Polícia Militar desrespeitados pelos envolvidos na violência e terão 30 dias para se manifestar.
Casado recebeu ontem o inquérito policial militar sobre o assassinato do conferente Mário José Josino, ocorrido em 7 de março passado. Agora, ele terá 15 dias para concluir o inquérito.
Laudos
Segundo o tenente-coronel, faltam laudos de corpo de delito e de balística e inclusão de "alguns documentos", entre eles a escala de serviço dos PMs envolvidos.
Esse inquérito e o feito pela Polícia Civil servirão de base para as ações contra os PMs no Tribunal de Justiça Militar. "É quase certo que os envolvidos sejam acusados de crimes militares."
Antes de chefiar o 24º Batalhão, Casado atuou na equipe que preparou o inquérito militar do massacre da Casa de Detenção. Com base naquele inquérito, 120 PMs estão sendo processados.
A CPI do crime Organizado está apurando o que o soldado Marcos Paulo Evaristo estava fazendo nas noites das blitze. Ele é o único homem da 2ª Companhia do 24º Batalhão que estava de serviço na rua e que não aparece no vídeo.
(MG)

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