São Paulo, terça-feira, 15 de abril de 1997 |
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SP ainda tem espaço para abrigar outra SP, diz secretário
ROGÉRIO GENTILE
O secretário Gilberto Kassab afirma que a disponibilidade da cidade de São Paulo é de cerca de 800 milhões de metros quadrados. O espaço é formado pelas metragens dos terrenos vazios e, principalmente, das áreas potenciais (onde a prefeitura entende que a verticalização poderia ser bem maior). A mudança onerosa de zoneamento não será possível nas chamadas zonas estritamente residenciais (Z1), segundo Kassab. Nessas regiões, a legislação permite apenas a construção de casas, onde é vedada a utilização comercial. Caso, por exemplo, do Alto da Boa Vista, na zona sul, e do Pacaembu, na zona oeste. Outras regiões A Prefeitura estima que as operações urbanas (nome que se dá ao mecanismo de mudar o zoneamento mediante pagamento) poderiam ser feitas em outras áreas, além da região central. Incluindo regiões com menos apelo imobiliário, como Itaquera e Jacu-Pêssego, na zona leste, Capão Redondo, na zona sul, e Inajar de Souza, na zona norte, entre outras. Segundo Kassab, o grande objetivo do Plano Diretor é incentivar a localização de emprego em regiões de alta concentração de moradia (caso da periferia) e ampliar a oferta de moradia em regiões com predominância de atividades econômicas (caso do centro). "Tal política reduzirá consideravelmente os deslocamentos diários e as demandas por transporte coletivo", disse Kassab. Dados divulgados pelo secretário das Administrações Regionais, Alfredo Mário Savelli, indicamque 3 milhões de pessoas circulam durante o dia pelo centro. Mas apenas 10% moram na região. Desenvolvimento urbano O prefeito Celso Pitta disse ontem, durante a apresentação do projeto, que o novo plano deverá ser o principal instrumento da política de desenvolvimento urbano do município "Vai orientar também os agentes privados que atuam na cidade Além das mudanças onerosas de zoneamento, o novo Plano Diretor prevê também a priorização do sistema de transporte coletivo, progressivamente não poluente, sobre o transporte individual. O plano indica que a prefeitura deve promover a introdução de novas tecnologias, fazendo uma referência implícita ao fura-fila, principal projeto de Pitta. Deve também criar condições para que a iniciativa privada possa, com recursos próprios, viabilizar a implantação de obras viárias. Texto Anterior: Comerciante morto pelo Gate será exumado Próximo Texto: Órgão decide mudanças Índice |
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