São Paulo, terça-feira, 15 de abril de 1997
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Países tentam definir regras para a Alca

DANIELA FERNANDES
ENVIADA ESPECIAL AO RIO

Os vice-ministros de Comércio Exterior dos 34 países da Alca (Acordo de Livre Comércio das Américas) começaram ontem no Rio uma série de reuniões para tentar definir as regras básicas para a negociação de fato do acordo, que começará em 1998.
Essa nova rodada de discussões, quase dois meses após a reunião em Recife, deve terminar com a aprovação de um do cumento geral, que será assinado, em maio, no 3º Encontro das Américas. Mas uma solução aos impasses da Alca pode não ser tão rápida.
Canadá, EUA, Mercosul e Caricom (Comunidade e Mercado Comum do Caribe) levam à mesa de negociação propostas e interesses divergentes. O Chile deverá apresentar neste encontro uma nova alternativa.
Grandes diferenças ocorrem principalmente entre EUA e Brasil. Os EUA querem acelerar a formação da Alca e negociar o acesso aos mercados (redução de tarifas de importação) a partir do próximo ano.
Já o governo brasileiro, de acordo com a proposta apresentada pelo Mercosul, pretende privilegiar inicialmente a negociação de acordos de livre comércio entre Mercosul e seus países vizinhos.
Com essa proposta, a redução das tarifas de importação para os 34 países deve ocorrer entre 2003 e 2005.
O acesso aos mercados é também um ponto polêmico nas discussões. Antes de discutir a redução de tarifas de importação, o Brasil quer que os EUA tomem medidas concretas com relação às barreiras comerciais que afetam os produtos brasileiros naquele país, como aço e suco de laranja.
Ao levantar essas questões polêmicas, o governo brasileiro espera retardar um novo choque de abertura comercial no país.

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