São Paulo, terça-feira, 15 de abril de 1997
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Zagueiro não quer mudar

FÁBIO VICTOR
DA REPORTAGEM LOCAL

Contratado na semana passada ao Kashywa Reysol (Japão), o zagueiro Antônio Carlos não estreou ainda, mas já monopoliza atenções no Corinthians.
A personalidade forte, que rendeu-lhe o apelido de "xerife" nos clubes em que jogou, e a polêmica em torno do posicionamento na zaga (ele atua pelo lado direito, o mesmo que Célio Silva) marcam sua chegada.
Ontem, Antônio Carlos realizou exames na Escola Paulista de Medicina. Um dia antes, assistiu à goleada do seu novo time sobre o América, no Canindé. No intervalo do jogo, concedeu a seguinte entrevista à Folha.

*
Folha - Você recebeu propostas de vários times brasileiros. Por que escolheu o Corinthians?
Antônio Carlos - É um time de massa, onde eu sempre quis jogar. Além disso, quer montar uma equipe para ganhar títulos, o que combina com o que penso.
Folha - Desde 94 que você não é convocado para a seleção. A volta ao Brasil seria uma forma de estar mais próximo de Zagallo?
Antônio Carlos - Não vim pensando nisso e, não fosse por problemas pessoais, teria ficado no Japão.
Se trabalhar, terei chance.
Folha - Você e o Célio Silva são zagueiros centrais.
Aceitaria trocar de posição?
Antônio Carlos - Se o Corinthians quiser ver o melhor de minha forma, tenho que jogar onde sei, no lado direito. Se tiver que mudar, me garanto, mas o meu futebol não vai ser o mesmo.
Folha - Seu temperamento é parecido com o do goleiro Ronaldo. Poderá haver um "choque" de liderança?.
Antônio Carlos - Não vim para ser líder, mas minha personalidade vai ser a mesma. O Ronaldo está há 15 anos no clube e tem que ser respeitado.

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