São Paulo, terça-feira, 15 de abril de 1997
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Brasileira leva prêmio de moda nos EUA

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

A brasileira Ana Mena Gonçalves ganhou o concurso que a rede de lojas de departamentos Lord & Taylor oferece todos os anos desde 1987 a estudantes de moda nos Estados Unidos que apresentem idéias de modelos de roupas femininas.
O prêmio consiste em uma bolsa de estudos e uma exibição dos desenhos dos modelos vencedores nas lojas da rede.
Mena Gonçalves, 22, está no último ano do curso de design de moda da Marymount University, em Arlington, Virgínia, região metropolitana de Washington. Ela tem bacharelado em comunicação visual pelo Maryland College of Artsand Design.
Em entrevista à Folha, Mena Gonçalves disse ainda não ter decidido se vai iniciar sua carreira profissional nos Estados Unidos ou no Brasil.
Ela é filha de Antonino e Elizabeth Mena Gonçalves. Seu pai é ministro-conselheiro da Embaixa da do Brasil em Washington, posto mais importante após o de embaixador.
Ásia
A vencedora do concurso diz que seu estilo tem sido influenciado pelos diversos países que visitou ou em que viveu, principalmente da Ásia.
Entre os estilistas que mais admira estão Alexander McQueen, John Galliano, Jean-Paul Gaultier, o brasileiro Ocimar Versolato, Matthew Williamson e Clements-Ribeiro.
Ela define seu estilo como "simples, minimalista até, quando se refere ao design da roupa. Isso permite o uso de tecidos e adornos mais abundantes sem que ocorra exagero. Eu acho que a roupa deve trabalhar com o corpo, servir como seu ornamento, de modo a, juntos, formarem uma obra de arte. A integração dos dois elementos é indispensável".
Campo limitado
O júri que escolheu Mena Gonçalves foi formado pelos estilistas Donald Deal, Donna Rico, Kay Unger e Andrea Jovine e pela jornalista Bridget Foley, editora demoda das revistas "WWD" e "W".
A Lord & Taylor é a mais antiga rede de lojas de departamentos dos Estados Unidos.
Mena Gonçalves diz que só pretende resolver se vai trabalhar no Brasil ou nos Estados Unidos "quando chegar a hora".
Ela acha que o campo para os estilistas no Brasil é mais limitado do que nos Estados Unidos, mas, em compensação, também é menos competitivo.
Pretende começar como ilustradora, mas seu objetivo final, "como o de todos os estudantes de moda", é desenhar e executar sua própria coleção.

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