São Paulo, quarta-feira, 16 de abril de 1997 |
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Mostra faz sobreviver oito tribos
ANA MARIA GUARIGLIA
"Hoje, eles vivem em pequenas reservas, lutando para preservar o legado dos antepassados e, ao mesmo tempo, enfrentando os brancos, que se apoderam de suas terras, principalmente na busca de metais preciosos", diz. Foram documentados os índios carajás, araras, caiapós, tucanos, ianomamis, xavantes, guaranis e pankararus (leia sobre as tribos em quadro ao lado). Na convivência de quase dez anos com os indígenas, Gauditano conta que os xavantes são ainda os que mais se preocupam em conservar a cultura. A preocupação se traduz na conservação dos rituais e hábitos de alimentação e moradia, que, no fundo, formam os elos para sua sobrevivência e união. Por sua vez, os carajás, conhecidos como exímios ceramistas, foram vítimas da própria docilidade. O contato com os brancos invasores, na região do Araguaia, fez com que as famílias se desintegrassem, vitimadas pela fome e pelas doenças. Poucos restaram para contar suas histórias. O isolamento geográfico foi um dos fatores que contribuiu para a preservação dos hábitos e costumes da comunidade. Os ianomamis, por exemplo, formam hoje uma das maiores comunidades indígenas do mundo. Durante a mostra, estão programadas visitas monitoradas para escolas, que deverão se inscrever antecipadamente. Exposição: Nossa Tribo Onde: Casa da Fotografia Fuji (av. Vereador José Diniz, 3.400, tel. 011/533-7367, Campo Belo) Vernissage: hoje, às 19h Quando: de segunda a sexta, das 9h às 19h; aos sábados, das 13h às 17h30; até 7 de maio Quanto: entrada franca Texto Anterior: Schubert oculta maravilhas a descobrir Próximo Texto: As oito tribos Índice |
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