São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 1997
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Governo atrasa pensão de viúvas

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURIONÓPOLIS

Duas viúvas de sem-terra mortos não receberam, até agora, a pensão de R$ 300 mensais proposta pelo governador Almir Gabriel (PSDB), após o massacre, como indenização do Estado.
Maria Alice da Silva Machado, 33, faz faxina em Curionópolis para sustentar o filho de 5 anos. Seu marido era o piauiense Joaquim Pereira Veras, 32. "Nem conta no banco abriram para mim", disse.
Drama igual passa a viúva do único paraense morto no massacre, Graciano Olímpio de Souza, 46. Maria José de Oliveira, 45, é professora no acampamento na fazenda Mucuripe e sobrevive com o salário mínimo pago pela Prefeitura de Eldorado.
As outras duas -Raimunda Conceição Almeida, 55, e Francinete dos Santos, 30- declararam que os pagamentos não são periódicos, como prometido.
A assessoria de imprensa do governo anunciou que 15 famílias já estão habilitadas a receber as pensões. Outras duas foram localizadas no Maranhão e Piauí e estão em processo de habilitação. Dois mortos não tinham parentes.
Segundo a assessoria de imprensa, os atrasos aconteceram porque os decretos de pensão foram acompanhados de processos administrativos com prazos diferentes de conclusão.

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