São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 1997
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Sexo virtual exige paciência e dedicação

MAURICIO STYCER
DA REPORTAGEM LOCAL

Engana-se quem imagina que praticar sexo virtual é mais fácil do que transar de verdade. Navegar em busca de sexo na Internet dá trabalho, exige paciência, resistência física e muito bom humor.
Devido ao excesso de ofertas, mesmo você sabendo o que deseja achar, pode ser difícil encontrar.
Colocar a palavra "sexo" em um serviço de busca brasileiro, como o Cadê, por exemplo, resulta em 410 ocorrências -o que já é muito. Em um serviço como o americano Yahoo, a palavra "sex" leva a 1.822 sites, em 155 categorias diferentes.
Num serviço especializado, como o WebSideStory, há 2.696 sites "para adultos" catalogados. Este site traz um ranking, atualizado toda hora, com os mil sites mais acessados da rede. O campeão, com mais de 500 mil acessos/dia, chama-se "Persian Kitty".
O endereço traz relações de sites por "categoria", com destaque para os sites gratuitos com imagens -uma preciosidade hoje, quando cada vez mais sites de sexo virtual cobram taxas pelas visitas.
"Amadores"
A categoria de sites gratuitos com imagens do "Persian Kitty" é dividida em duas seções: os com fotos de "amadoras" e os com fotos "do dia". O internauta virgem em sexo virtual logo vai descobrir que essas são duas manias da rede.
Abundam hoje na rede as chamadas fotos de "amadoras", feitas de forma a parecer caseiras. São fotos de mulheres que, aparentemente, não vivem da pornografia.
Já os sites com fotos "do dia" são, normalmente, arapucas. O internauta é convidado a ver uma foto gratuita, na especialidade que aprecia. Depois, é convidado a se associar, pagando algo, para ter acesso a centenas de fotos.
A possibilidade de virar crime, nos EUA, o acesso de menores a sites pornográficas, criou os serviços de avalistas de maioridade e de bloqueadores de conteúdo.
Os avalistas vendem "números de identidade", atestando que o usuário é maior de idade. Com essa "identidade", o usuário consegue acessar milhares de sites eróticos. O serviço custa US$ 10.
Outras empresas, como a Cyber Patrol, criaram programas que funcionam como filtros, capazes de impedir que o computador do usuário acesse determinados sites.

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