São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 1997 |
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Filho de fumante adoece mais fácil
RODRIGO VERGARA
A pesquisa, apresentada ontem no Congresso Brasileiro de Tabagismo no Ambiente de Trabalho, realizado em São Paulo, foi feita com 2.616 crianças pelo Centro de Ciências Médicas e Biológicas de Sorocaba. As crianças, de acordo com Rosemberg, são as mais prejudicadas pela fumaça do cigarro no ar. "No Brasil, metade das crianças são fumantes passivos", diz o professor da PUC-SP. Os adultos não fumantes também estão expostos aos efeitos do cigarro. "A capacidade pulmonar em indivíduos não fumantes expostos ao cigarro é praticamente igual à de pessoas que fumam de 1 a 10 cigarros por dia." Prédios doentes No ambiente de trabalho, segundo Rosemberg, um dos principais riscos aos não-fumantes são os edifícios que têm ar-condicionado central, considerados "prédios doentes" pelos médicos. "Prédios com sistema de renovação química ou mecânica do ar não resolvem. A única solução é não fumar em ambientes fechados." Segundo o médico, nesses edifícios, a instalação de locais reservados para o hábito de fumar não soluciona o problema, porque a fumaça é reciclada pelo sistema de ventilação e devolvida ao ambiente comum. A poluição ambiental nesses ambientes, segundo ele, é provocada não só pela fumaça expelida pelos fumantes, mas principalmente pelos cigarros acessos. "Essa fumaça chega a ser mais nociva à saúde, porque tem melhor absorção." A Abifumo, entidade que reúne empresas fabricantes de fumo, não quis se manifestar sobre as pesquisas apresentadas ontem, de acordo com a assessoria de imprensa da instituição. Texto Anterior: Fator genético influencia Próximo Texto: ONG defende indenização Índice |
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