São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 1997
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Plano Diretor quer unir emprego e moradia

ROGÉRIO GENTILE
DA REPORTAGEM LOCAL

A Prefeitura de São Paulo vai montar uma agência de desenvolvimento econômico para estimular a criação de empregos nos bairros dormitórios da cidade.
A medida vai ser tomada após a aprovação na Câmara Municipal do novo Plano Diretor, preparado pela Secretaria municipal do Planejamento (Sempla)
O novo plano determina que a prefeitura incentive as pessoas a morar e a trabalhar em uma mesma região. O objetivo é diminuir os deslocamentos na cidade e a demanda por transporte coletivo. Para isso, a prefeitura vai criar pólos de desenvolvimento econômico nos bairros.
A agência vai definir o modelo que será implantado em cada um dos pólos de desenvolvimento. Apontando o tipo de empresa que vai integrar o pólo e os incentivos que serão oferecidos.
Zona leste
O primeiro pólo de desenvolvimento deverá ser criado em Itaquera, na região do parque do Carmo, na zona leste de São Paulo, segundo o secretário municipal de Planejamento, Gilberto Kassab.
Lei aprovada em 1993, destinou uma área de cerca de 4 milhões de metros quadrados ao pólo.
"Há cerca de 1 milhão de pessoas que moram na zona leste e todos os dias perdem quase cinco horas para chegar ao trabalho", afirma o secretário.
Um dos incentivos para a criação de empregos na região será a operação urbana Jacu-Pêssego.
Operação urbana é o nome do mecanismo que autoriza a construção de imóveis com características diferentes das estabelecidas pela lei de zoneamento. Em troca, os interessados pagam uma quantia à prefeitura.
Com esse mecanismo, a prefeitura pretende estimular a construção de edifícios de escritórios na região da avenida Jacu-Pêssego.
Adensamento
O novo Plano Diretor deverá ser encaminhado à Câmara Municipal ainda neste semestre.
Antes disso, o projeto será analisado pela Comissão Normativa de Legislação Urbanística (CNLU), conselho formado por representantes de vários órgãos da prefeitura e de algumas entidades da sociedade civil.
A proposta, elaborada pela Secretaria do Planejamento, tem como principal medida o incentivo ao adensamento populacional nas áreas urbanizadas de São Paulo.
O raciocínio é baseado na constatação de que a cidade possui áreas com infra-estrutura suficiente para abrigar mais pessoas do que acolhe hoje.
(RG)

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