São Paulo, domingo, 20 de abril de 1997
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deficiência não é só genética

FRANCISCO B. ASSUMPÇÃO JR.

No Brasil, não temos uma idéia exata do número de crianças deficientes mentais. Porém, algumas projeções da Organização Mundial de Saúde chegam a propor cifras da ordem de 5%, que é um número extremamente elevado.
As causas da deficiência mental são muitas e, ao contrário do que pensamos, os problemas genéticos, embora importantes, não são os fatores de maior peso.
Desnutrição da mãe durante a gravidez, infecções e intoxicações pré-natais, acidentes de parto e traumatismos crânio-encefálicos talvez sejam os principais fatores.
Eles são possíveis de serem resolvidos com a melhoria das condições de vida da população.
O tratamento, normalmente, não é dirigido à cura. Isso porque a deficiência mental não apresenta possibilidades de remissão. O tratamento deve ser centrado no treinamento e na habilitação.
No Brasil, todo esse trabalho é realizado por instituições não-governamentais que suprem de maneira eficiente, embora com dificuldades, uma lacuna governamental. "Apaes", "Pestallozzis", "Febiexs" e outras com menor abrangência cumprem uma tarefa importante, relegada a um segundo plano em nosso meio.
Diretor do serviço de psiquiatria infantil do Hospital das Clínicas

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