São Paulo, segunda-feira, 21 de abril de 1997
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Especialistas preparam debate sobre combate a novas fraudes

Exames periódicos e visitas-surpresa são algumas propostas

DA REPORTAGEM LOCAL

O Comitê Olímpico Internacional (COI) promove a partir de amanhã, em Lausanne, na Suíça, uma discussão sobre o problema do doping no esporte.
"Os Jogos de Atlanta produziram marcas difíceis de serem obtidas em apenas um tiro", lembra o técnico brasileiro Luiz Alberto de Oliveira. "E muitas foram conseguidas depois das semifinais. Tudo isso gera muitas dúvidas."
Sobre o controle, Oliveira, que treina Joaquim Cruz e Zequinha Barbosa, afirma ser desnecessário aprimorar os testes já existentes.
"Se quiser pegar, pega. É uma questão de atitude", opina. "O melhor seria testar regularmente os melhores de cada modalidade."
Para Osmar de Oliveira, médico do esporte, os "gurus" do doping estão cada vez mais ousados. "Nunca se imaginou que chegassem a usar a eritropoietina", diz.
A substância é um hormônio produzido pelo rim que aumenta a produção de glóbulos vermelhos, melhorando o transporte de oxigênio para os músculos.
"Só agora os laboratórios começam a desenvolver técnicas para identificá-lo.", informa o médico.
"O uso de substância naturais aumenta as possibilidades de recursos judiciais", diz. "Advogados dos atletas alegam que a maior concentração de uma substância é causada por desvios orgânicos."
Entre os novos métodos do COI no combate ao doping, Oliveira destaca as "visitas-surpresa". Médicos do comitê aparecem de repente nas casas de atletas e identificam aqueles que usam o doping entre as competições.

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