São Paulo, segunda-feira, 21 de abril de 1997
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Renovação forçada

CIDA SANTOS

O mundo do vôlei se prepara para novos tempos. As três seleções que mais títulos conquistaram nestes anos 90 estão com novos técnicos. Mais: Brasil, Itália e Holanda perderam alguns de seus principais jogadores e vão mostrar times renovados. O primeiro termômetro para medir quem é quem nessa atual configuração do vôlei é a Liga Mundial, em maio.
Tanto em terras brasileiras quanto italianas, os novos comandantes vivem os mesmos dilemas. Bebeto de Freitas e Radamés Lattari perderam os principais atacantes responsáveis pelo passe. Radamés não terá Tande e Giovane, a nova dupla do vôlei de praia. Bebeto perdeu Bernardi, Cantagalli e Bracci, que deram bye-bye para a seleção. Na Liga, também não terá Papi, que operou o joelho.
A Holanda, que em 96 viveu seu ano dourado, também tem novo comando e problemas. Gerbrands assumiu o lugar de Joop Alberda e já sabe que na Liga não vai poder contar com o levantador gigante Peter Blangé, de 2,05 m. Ele pediu folga e foi atendido. Só retorna no Campeonato Europeu, em setembro. Já os atacantes Zwever, Grabert e Posthuma não voltam mais.
O certo é que Holanda, Itália e Brasil, que também não terá o levantador Maurício na Liga, parecem viver o mesmo fenômeno: jogadores precocemente cansados e aposentados da seleção. Taí um tema para os dirigentes e técnicos pensarem e, quem sabe, reverem calendário e até mesmo a sobrecarga de treinos a qual os atletas são submetidos.
Nesse mundo renovado do vôlei, fica difícil fazer previsões. Uma das boas-novas é a Iugoslávia, que vai jogar a Liga com o mesmo time que surpreendeu em Atlanta-96 e ficou com a medalha de bronze. O destaque é Vladimir Grbic, incluído na seleção dos melhores do mundo de 96. Também não dá para esquecer a Rússia, do gigante Deinekin, de 2,15 m.

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