São Paulo, segunda-feira, 21 de abril de 1997
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Disco Fever mistura 70 e 90

DA REPORTAGEM LOCAL

A pista está lotada. Os vocais à capella (sem acompanhamento) de Sylvester em "You Make me Feel (Mighty Real)", hit absoluto em 78, surgem em meio ao pipocar do vinil. As pessoas acompanham com gritos e palmas.
A mixagem do DJ Mauro Borges insere "Discothéque", do U2, que remete à temática disco dos 70 com batida tecno 90. Esse mix das duas décadas, separadas pelos inócuos 80, é o espírito do Disco Fever, novo clube de São Paulo.
A proposta foi bem-aceita pelo público (eclético) no dia da inauguração, há duas semanas. O apelo da casa está no revival do clima e estilo do auge da disco music no final dos 70. O que significa: glamour, hedonismo e o famoso lema da época, "do what you like".
Mas, como pretende ser opção para um público variado, mantém as pick-ups ligadas também nas variações atuais da dance music.
E mesmo nelas a disco music se mostra presente. Seja no garage, filho direto da mamãe-discoteca, ou em remixes como o de "Professional Widow", da Tori Amos, pelas mãos de Armand Van Helden, que arranca gritos. A base é disco.
A decoração é outro ponto. Toda inspirada nos filmes "Embalos de Sábado à Noite" e "Showgirls". Paredes prateadas, pistas de acrílico com luzes pisca-pisca de todas as cores, globos espelhados e tubos para ensaiar passos mais ousados.
No primeiro dia, Mauro Borges encarnou o personagem de John Travolta, Tony Manero, e ferveu com duas showgirls. "Stayin' alive!" (Fique vivo!).

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