São Paulo, segunda-feira, 21 de abril de 1997
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Cena fashion volta à tona

ERIKA PALOMINO
COLUNISTA DA FOLHA

Quem disse que a temporada de moda acabou? Rio de Janeiro, Belo Horizonte, marcas pequenas e nomes do underground das três cidades instalam de novo o zum zum zum em torno de passarela, modelos, looks etc. O circo da moda está armado outra vez.
No Rio, começa amanhã a terceira Semana Barrashopping de Estilo, organizada para mostrar as coleções de 33 marcas. No fim-de-semana, a cidade vê uma edição carioca do Mercado Mundo Mix e o novíssimo Free Market, uma espécie de bazar instalado ao ar livre, no estonteante pier da praça Mauá.
São Paulo, por sua vez, tem no fim-de-semana seu Bazar Mambo -de marcas de streetwear- enquanto se prepara para a Semana de Moda. Trata-se da reunião de seis estilistas de médio porte que, mesmo fora do Phytoervas Fashion e do MorumbiFashion Brasil, têm muito o que mostrar. São eles Jeziel Moraes, Annelise de Salles, Elisa Stecca, Lorenzo Merlino, Sommer e Martielo Toledo.
Este último, por sua vez, acaba de mostrar esta coleção de inverno em Belo Horizonte, na maratona de moda de 15h, que trouxe o inverno mineiro às passarelas.
Os cariocas
A Semana Barrashopping de Estilo muda um pouco de feitio. Troca as dependências do Jóquei Clube por dois salões armados no MAM (Museu de Arte Moderna), com capacidade para 600 e 1.200 pessoas.
Deverá privilegiar mais a roupa, contra a presença de artistas e descolados que deu o tom da última temporada, distraindo a atenção das roupas.
Parece mesmo um novo momento para a moda carioca. O estilista de moda masculina Claudio Gomes, um dos hypes certos da temporada, investe desta vez na simplicidade e no low profile: "Venho mais limpo, mas tranquilo", diz Gomes, que desfila no último dia do evento.
Na estréia, a Semana Barrashopping de Estilo também acerta, com a moderna mostra inglesa "JAM", que chega a São Paulo apenas em maio com o Festival da Juventude da Cultura Inglesa.
Como interseção das três cidades estão o mineiro Martielo Toledo e o paulistano da gema Marcelo Sommer, que desfilam suas coleções na Semana da Moda. O nome assim seco indica a ausência de um patrocinador oficial. Trata-se de uma espécie de cooperativa criada entre os estilistas, que dividem custos com aluguel do espaço -com capacidade para cerca de 700 pessoas-, convites etc. O denominador é a capacidade criativa.
"A união desses nomes já seria benéfica", diz o organizador do evento, André Hidalgo. "Atraímos a mídia e também compradores em potencial".

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