São Paulo, terça-feira, 22 de abril de 1997
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ONU vê desemprego crônico na Europa

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A perspectiva de melhora do desemprego na Europa Ocidental é bastante pequena, diz relatório publicado ontem pela Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa, órgão da ONU (Organização das Nações Unidas).
Em estudo relativo ao período de 1996-97, a comissão afirma que a debilidade do crescimento da produção nessa região significou a estagnação da situação do mercado de trabalho no último ano.
As previsões de crescimento para 1997, em torno de 2,5%, indicam que dificilmente haverá alguma melhora nos mercados de trabalho na Europa Ocidental. E que o nível de desemprego deve se manter elevado e, de modo geral, sem alterações com relação ao ano passado.
A atividade econômica na região cresceu moderadamente em 96, registrando, ao longo do ano, taxa de crescimento de apenas 1,9%. Nos EUA, esse índice ficou em 2,4% e no Japão, em 3,6%.
Na Europa, o crescimento da economia foi estimulado principalmente pelas exportações, e a demanda interna foi apoiada pelas baixas taxas de juros, enquanto as exportações se beneficiaram da valorização do dólar.
A inflação continuou em queda, com uma variação média dos preços ao consumidor de 2,4% ao ano, a menor taxa em 30 anos.
O relatório faz muitas referências às restrições impostas pelos governos da União Européia para adaptarem suas economias ao Acordo de Maastricht.
Na média, o déficit fiscal dos orçamentos desses governos foi de 4,3% do PIB (Produto Interno Bruto), contra 5,1% registrado em 1995 e a meta atual de 3%.
Crescimento limitado
Dados preliminares do relatório indicam que o modesto impulso dado ao crescimento do emprego em 1995 não se manteve e que a criação de empregos praticamente parou no ano passado. A taxa média de pessoas sem emprego permanece acima de 10%, com a Espanha apresentando o maior índice da região (20%).
O relatório conclui que é otimismo exagerado esperar que a taxa de crescimento da Europa Ocidental volte a superar 3% a médio prazo, segundo analistas chegaram a prognosticar. Isso porque esses países precisarão conviver com orçamentos equilibrados e inflação baixa, pré-requisitos para a criação da moeda única em 1999.

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