São Paulo, quarta-feira, 23 de abril de 1997
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Procuradoria aguarda laudo

BETINA BERNARDES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Procuradoria Geral de Justiça do Distrito Federal está aguardando que o laudo cadavérico do índio pataxó Galdino Jesus dos Santos seja encaminhado à polícia para oferecer denúncia à Justiça.
A promotora Maria José Miranda Pereira foi designada ontem pelo Ministério Público para acompanhar o caso.
O procurador-geral, Humberto Adjuto Ulhôa, 49, e o ministro interino da Justiça, Milton Seligman, se reuniram por cerca de 20 minutos na manhã de ontem.
Seligman solicitou que o caso seja rigorosamente apurado e pediu empenho da procuradoria.
"O Ministério Público está acompanhando o caso desde o início. Dois promotores do plantão estiveram presentes a partir do flagrante e agora já definimos uma promotora para acompanhar o inquérito", afirmou Ulhôa.
O procurador disse que a hipótese de o crime ser transferido para a Justiça Federal por envolver um índio não tem fundamento.
"É um crime comum que teve como vítima um índio, isso não transfere a competência", disse.
O ministro interino da Justiça reafirmou sua indignação em relação ao caso.
Ele disse que, do ponto de vista da Justiça, é irrelevante o fato de os pais dos acusados serem pessoas de classe média.
Para ele, o fato de os pais terem boas condições financeiras significa que poderiam ter dado uma educação melhor aos filhos.

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