São Paulo, quarta-feira, 23 de abril de 1997
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Pushers entopem micro com informação

DO "USA TODAY"

A tecnologia push, que canaliza automaticamente para o micro informações requisitadas pelo usuário, sem que ele precise navegar, já é alvo de críticas.
A queixa mais comum é que os usuários da Web já vivem sobrecarregados de informação, e que a push só agrava essa tendência.
Há mais de dez empresas competindo nesse campo, e as gigantes America Online, Microsoft e Netscape estão prestes a ingressar.
"Porque é nova, todo mundo acha que deve ser ótima", disse John C. Dvorak, colunista da revista "PC Magazine". "Mas quantas vezes você precisa ler o mesmo placar de uma partida? As pessoas vão se irritar e rejeitar essa idéia."
Para outras pessoas, o fato de a push mantê-las constantemente informadas é justamente sua principal vantagem.
"Sou viciado em notícias", conta Peter Shankman, 24, de Nova York, usuário do "PointCast", líder na entrega de conteúdo.
Um estudo recente feito pelo Yankee Group mostrou resultados favoráveis à push, observando que 51% dos usuários da Web dizem sempre voltar aos sites com que já estão familiarizados, em busca de informações.
O Yankee Group estima que a tecnologia push vá gerar US$ 5,7 bilhões até o ano 2000. A receita virá via assinaturas de conteúdo, publicidade e compras no varejo.
Embora ligeiramente diferentes, os serviços push seguem um modelo básico.
O usuário transfere um software gratuito, seleciona o tipo de conteúdo que deseja, decide a que intervalos de tempo quer recebê-los e depois continua fazendo seu trabalho, na Internet ou fora dela.
A PointCast Network envia informações nos intervalos em que o usuário está conectado à Internet.
Depois, durante os momentos ociosos do usuário, as informações aparecem sob a forma de protetor de tela, apresentando manchetes, cotações de ações, resultados de jogos e assim por diante.
Para ler o artigo inteiro, o usuário clica sobre a manchete. Como as informações ficam no disco rígido do micro, o conteúdo é acionado mais rapidamente que via Web.
Um dos problemas da tecnologia push é a falta de padronização. Se quiser ter todos os sistemas disponíveis, o usuário precisa carregar cada produto, consumindo espaço valioso de seu disco rígido.
A Microsoft e várias parceiras (incluindo a PointCast) estão propondo a adoção de um "padrão de definição de canais" que permita o acesso universal a todas as companhias push por meio de seu navegador "Internet Explorer 4.0", ainda na fase de testes.
Sua rival Netscape anunciou que vai incluir a tecnologia push do "Castanet" na versão final do navegador "Communicator".

Tradução de Clara Allain

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