São Paulo, sexta-feira, 25 de abril de 1997
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CPI acha ligações para ministério

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CPI dos Precatórios identificou 284 telefonemas da distribuidora Split, suspeita de integrar o esquema dos títulos, para o Ministério da Educação, em Brasília.
Os senadores da CPI não têm provas oficiais de que as ligações foram feitas para o gabinete do ministro Paulo Renato Souza.
"Oficialmente, não tenho como informar se houve ligações para o gabinete. Extra-oficialmente, sim", disse a senadora Emília Fernandes (PTB-RS).
Segundo ela, foi solicitada ao ministério a relação dos telefones do gabinete de Paulo Renato, que não chegou à CPI.
O levantamento foi feito com números telefônicos obtidos extra-oficialmente pelos senadores.
As ligações ocorreram entre os anos de 95 e 96, período investigado pela CPI.
Comunidade Solidária
Também foram identificadas pelo menos 23 ligações para o Programa Comunidade Solidária, cuja responsável é a primeira-dama Ruth Cardoso.
O programa divulgou ontem que só se pronunciará quando tomar conhecimento dos números dos telefones que receberam as chamadas.
É a segunda vez que a CPI encontra ligações de supostos integrantes do esquema dos títulos para ministérios.
Anteriormente, foram identificadas ligações do Banco Vetor para o Itamaraty.
Atleta
O Ministério da Educação encaminhou nota à CPI segundo a qual foi aberta uma sindicância para apurar o destino dos telefonemas.
As informações preliminares são de que as ligações eram dirigidas a uma funcionária do ministério, que teria um filho que é atleta e seria patrocinado pela Split Assessoria de Planejamento, ligada à corretora Split, de 94 até janeiro de 97.
Segundo o ministério, esse atleta mora em São Paulo e usava telefones da Split para conversar com a mãe.

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