São Paulo, sábado, 26 de abril de 1997 |
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Volatilidade deve crescer
LUIZ ANTONIO CINTRA
Essa é a avaliação de operadores do mercado e explica a alta dos juros e do chamado cupom cambial ocorrida ontem. À primeira vista, essa alta pode parecer um contra-senso, já que a isenção do IOF significa, para o capital estrangeiro interessado em investir no país, uma margem de lucro maior, o que serviria para aumentar o fluxo de recursos para o país, como deseja o governo. Ocorre que sem esse "pedágio" fica mais fácil para o investidor estrangeiro tirar seu dinheiro do país e voltar a remetê-lo quando considerar as taxas internas atraentes. O problema fica ainda mais complicado quando se considera a tendência de alta das taxas de juros norte-americanas, que significam outra opção de investimento para esse capital. O cupom ontem fechou a 11,20% ao ano, ou seja, um grande banco multinacional, por exemplo, que quisesse investir no país por uma remuneração em dólar conseguiria receber essa taxa mais a desvalorização do real em relação ao dólar no período. No dia 16, por exemplo, quando o governo decidiu manter a taxa básica de juros para maio em 1,58%, o cupom estava em 10,2%. Já os juros no mercado futuro para maio subiram de 1,64% para 1,67%. Texto Anterior: Governo reduz 'pedágio' para dólares Próximo Texto: Em curto; Pires na mão; Faltando linha; Apagando velinhas; Em expansão; Tacada de classe; No forno; Pé no acelerador; Subindo no mercado; Na disputa; Em boa hora; Lobby no atacado; Registro tecnológico Índice |
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