São Paulo, domingo, 27 de abril de 1997
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Cabeleireiros "cortam" o amadorismo

CARLA ARANHA SCHTRUK
DA REPORTAGEM LOCAL

Adeus tesouras em mãos de amadores. Para sobreviver num mercado cada vez mais profissional, o cabeleireiro precisa agora investir em formação e dominar a técnica.
A opinião é do cabeleireiro Jorge Alves, 33, do Promode Brasil. "O mercado precisa de gente nova, mas com base técnica, que faça cursos específicos e esteja antenado às novidades internacionais."
Ele diz que essa nova realidade deve até mesmo criar um plano de carreira informal. "Como nos grandes centros de moda, o cabeleireiro conquistará postos: aprendiz, auxiliar e só depois titular."
Jan Laan, 33, diretor artístico do salão de beleza Pivot International de Chicago (EUA), diz que nos EUA galgar esses patamares significa aumento salarial imediato.
"O iniciante ganha US$ 20 mil por ano. Se conquistar a clientela, no segundo ano já estará recebendo US$ 30 mil. Os mais experientes ganham US$ 70 mil por ano."
Nos EUA, é obrigatório passar por um exame de habilitação para exercer a profissão. "Aqui isso não existe. A profissão não é regulamentada. E a formação normalmente deixa a desejar", diz Alves.
O mercado norte-americano difere do nosso ainda em outro ponto: faltam cabeleireiros nos EUA. "Cerca de 20% dos novos empregos que são abertos todos os anos não são preenchidos", diz Laan.
O argentino Michelangel Martinucci, que também participou do Business Hair, em São Paulo, diz que o salário no Brasil (veja quadro) é semelhante ao argentino.
A novidade, de acordo com ele, é que há um intercâmbio maior entre os dois países. "É uma tendência. Cada vez mais teremos brasileiros trabalhando na Argentina. A profissão está se tornando mais internacional, o que é ótimo."

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