São Paulo, domingo, 27 de abril de 1997
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Globalização

RODRIGO BUENO

O termo globalização é um dos mais empregados neste fim de século. Entendida como fim das fronteiras, derrocada dos regionalismos ou intercâmbio planetário, a palavra será muito utilizada no futebol em 98.
Além de a França abrigar em junho o Mundial mais assistido da história -37 bilhões de telespectadores, em audiência acumulada, "participarão" da Copa, segundo o seu Comitê Organizador-, será realizado, de 6 a 8 de janeiro, em Cingapura, o primeiro salão internacional de futebol: a Football Expo 98.
O mercado do futebol mundial, que tem um faturamento anual estimado em US$ 225 bilhões, viverá um momento ímpar com o evento, uma megafeira com mais de 400 expositores de todo o planeta.
Os principais dirigentes, diretores, fabricantes, fornecedores, clubes e patrocinadores do futebol mundial estarão reunidos pela primeira vez.
Além do lado comercial, o objetivo do salão é criar um intercâmbio (troca de tecnologias e experiências) entre os quase 200 países filiados à Fifa.
"Esperamos que todos estejam representados no evento", disse Jean-Marc Presti, responsável pela Football Expo 98.
Presti esteve nesta semana em São Paulo sondando possíveis representantes brasileiros.
Além de empresas como a Topper e a Penalty, há boa chance de o São Paulo contar com uma stand no salão. Grandes clubes, como Barcelona, Bayern de Munique e Manchester United, já confirmaram que levarão suas marcas ao evento, que deverá se tornar itinerante.
Esse "shopping do futebol" vem a ser apenas mais uma prova da globalização do esporte mais popular do mundo.
Hoje, devido às transmissões de diversos campeonatos estrangeiros, é mais fácil para o torcedor brasileiro conhecer os esquemas de Real Madrid, Juventus e Ajax do que saber como jogam Araçatuba, Rio Branco e Portuguesa Santista.

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