São Paulo, domingo, 27 de abril de 1997
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Governador britânico faz críticas ao governo chinês

JAIME SPITZCOVSKY
DE PEQUIM

O governador de Hong Kong, o britânico Chris Patten, disse querer que, a partir de julho, os alunos do território continuem a estudar o "massacre de 1989 em Pequim e o imperialismo na Ásia". Patten disparava contra as declarações de Qian Qichen.
"Eu espero que as crianças de hoje e de amanhã em Hong Kong aprendam, assim como ocorre com as crianças no Reino Unido, sobre as guerras do Ópio, sobre o imperialismo na Ásia e na China do século 19", disse Patten.
O Reino Unido deslanchou a primeira Guerra do Ópio para garantir a venda do produto em mercados chineses. Ao final do conflito, em 1842, os chineses foram obrigados a permitir que os britânicos expandissem o comércio de ópio e cederam Hong Kong a Londres.
Em 1856, explodiu a segunda Guerra do Ópio, que terminou em nova derrota chinesa.
"Um dos livros usados aqui afirma que a razão pela qual Hong Kong foi cedida aos britânicos há 154 anos é o confronto entre culturas do Ocidente e do Oriente", afirmou Tsang Yok Sing, professor de uma escola de segundo grau. "Não menciona as vendas de ópio."
(JS)

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