São Paulo, domingo, 27 de abril de 1997
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Famosos elevam o faturamento

DA REPORTAGEM LOCAL

Para se destacar diante da concorrência com produtos importados e driblar a queda nas vendas, pequenos empresários apostam tudo no licenciamento de personagens famosos.
Henrique Smitas, dono da Sulamericana Brinquedos, produz brinquedos e fantasias. O faturamento em 96 foi de R$ 5 milhões.
A empresa fabrica a boneca Florentina e fantasias com imagens de diversas marcas, como "Power Rangers", "O Máskara", "Street Fighter", "Mortal Kombat", toda a linha Disney, "Bananas de Pijamas" e o palhaço Tiririca.
"Estamos no mercado como importadores desde 1991. Devido à competição, resolvemos criar produtos", diz.
A empresa tem hoje 27 licenças, todas com personagens voltados para o público infantil. Está em negociação com as marcas "Star Wars" e Senninha.
A produção da Sulamericana varia de 20 mil a 30 mil peças por mês. Os royalties pagos vão de 6% a 10%.
O empresário diz que a margem de lucro na confecção de fantasias varia de 5% a 7%.
A Big Toy, que fabrica jogos em papelão e brinquedos educativos, faturou R$ 2,6 milhões no ano passado com o impulso de marcas licenciadas.
Antonio de Lima Filho, diretor, diz que a empresa "era de médio porte". Com a abertura aos produtos importados, encolheu. Mas agora "está crescendo outra vez, principalmente pela força dos licenciamentos".
Segundo ele, as vendas devem crescer entre 10% e 15% neste ano. Lima diz que os produtos com imagens do coelho Pernalonga e o passarinho Piu-Piu são os que mais vendem. A empresa também é licenciada das marcas Mara Maravilha, "Banana de Pijamas" e Orelhinha.
Responsável pela licença da marca Greenpeace no país, a Todaba está iniciando a produção de confecções para bebês com 30 itens da linha Peter Rabbit.
"Vamos começar com 15 mil peças", diz o gerente-geral da empresa, Jorge Friedmann, 36.
Segundo ele, a empresa já produziu, há alguns anos, cem mil peças com personagens Disney.
Com a marca Greenpeace, a empresa está fazendo um lote de 6.000 camisetas, em algodão orgânico, para serem lançadas na passagem do Dia Mundial do Meio Ambiente.
Para a licença do Peter Rabbit, a Todaba paga 8% de royalties. A negociação com o Greenpeace leva em conta o volume de produção, e os royalties variam de 7% a 10%.

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