São Paulo, terça-feira, 29 de abril de 1997
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Usiminas demitiu, ampliou negócios e ficou mais lucrativa

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

A Usiminas, primeira estatal a ser privatizada, em outubro de 1991, conseguiu ampliar o seu lucro e os seus negócios.
A privatização, segundo o presidente da ex-estatal, Rinaldo Campos Soares, só fez bem à empresa, que pôde se reestruturar, planejar melhor e executar os planos com total autonomia e mais agilidade.
"A empresa adquiriu muito mais flexibilidade e rapidez nas negociações. Ganhou também autonomia para adquirir insumos, equipamentos e materiais e para as operações financeiras", diz.
Quando foi privatizada, a Usiminas já era uma empresa lucrativa. No ano da sua privatização, ela apresentou lucro líquido de US$ 59 milhões. O lucro cresceu consideravelmente após a privatização, chegando em 1995 a US$ 325 milhões -crescimento de 550%.
Somente no ano passado, o lucro líquido foi reduzido: R$ 268,4 milhões. Segundo Soares, essa redução foi provocada pela mudança na política financeira, com a diminuição dos juros em aplicações financeiras e aumento de custos.
Mas a Usiminas continua com projetos de expansão e prepara o maior investimento após a privatização. Serão US$ 920 milhões até 1999 -esse valor é mais do que o dobro do investimento que a Mercedes-Benz fará em Juiz de Fora (MG) para implantar uma montadora (US$ 400 milhões).
Esse investimento, aprovado pelo conselho de administração no dia 6 de março desse ano, visa aumentar a capacidade produtiva da empresa em até 1 milhão de toneladas de aço/ano (a produção atual é de 4,1 milhões de toneladas).
A privatização provocou demissões em Ipatinga, no Vale do Aço, onde está localizada a usina da empresa. Após a privatização, a Usiminas reduziu o seu quadro de trabalhadores para 9.300 -em 1991 eram 12.480 pessoas.

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