São Paulo, quinta-feira, 1 de maio de 1997 |
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Inferno de FHC
NELSON DE SÁ
FHC foi desdenhoso com os adversários e sedutor nos argumentos. No Jornal da Band, TJ, Globo News, surgiu dizendo, de início conciliador: - O governo espera com tranquilidade a decisão da Justiça e, como sempre, vai cumprir a lei... Mas vai cumprir também o programa que o Brasil já aprovou. Não conseguia conter a irritação diante da derrota, reiterada ontem em tom desagradável à competência advocatícia do governo. A Globo News deu que o relator do STJ teria declarado, ontem: - O recurso da Advocacia Geral da União não está bem fundamentado... FHC espalhou exasperadamente seus argumentos pela televisão, em troca: - O controle continuará nacional. Os grupos são nacionais... De modo que não vai mudar nada. Ao falar dos adversários, foi além do desdém: - Pensam que tudo o que está não do Estado está na mão do povo. Não está. Está na mão de quem manda naquelas empresas... É preciso entender o presidente e sua irritação. Ele está em "inferno astral", como explicava ontem, astrologicamente, a Globo. * As tragédias nacionais, além de audiência, dão dinheiro vivo à televisão. A CNT tem a seguinte locução: - Crimes hediondos. Cidadania massacrada. A violência gratuita e impune. O que deixa você mais indignado: O assassinato do índio pataxó ou a criminosa violência policial em Diadema? "Você" escolhe um número de telefone e "vota", podendo ganhar um carro zero. Em letras pequenas: "custo da ligação, R$ 3,00". Texto Anterior: Leia o substitutivo da nova Lei da Imprensa Próximo Texto: Regras atuais põem em risco aposentadorias, diz Stephanes Índice |
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