São Paulo, quinta-feira, 1 de maio de 1997 |
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Professores estão insatisfeitos em PE
VANDECK SANTIAGO
As duas principais queixas apontadas por eles são dor de garganta e fadiga mental. Logo a seguir vêm dor nas pernas, coriza e tosse. A pesquisa foi feita em janeiro e fevereiro passados, pelo Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais de Pernambuco) e Sindicato dos Professores da Rede Particular. Foram entrevistados 260 professores. A categoria tem, na cidade, cerca de 17 mil profissionais. Um dos objetivos do levantamento foi traçar um perfil do professor e da situação em que ele vive, "saindo dos limites salariais", disse o diretor do sindicato, Mário Medeiros. Condições de trabalho Sobre as condições de trabalho, os entrevistados reclamaram do trabalho em pé (80%), da falta de programas de capacitação (69%) e da poeira de pó de giz (68%). Segundo Santos, a maioria das escolas não tem mesa nem cadeira para o professor. "A explicação dos donos de escolas é que esses móveis atrapalhariam a desenvoltura dos professores no momento de dar a aula", disse Medeiros. Se os professores quiserem fazer curso de aprimoramento, segundo o sindicato, não são liberados das aulas e o custo fica por conta deles. O piso salarial de uma professora primária na rede privada é de R$ 174,30, e a hora-aula no primeiro grau maior e segundo grau é de R$ 2,21, segundo o sindicato. Na rede pública estadual, segundo a Secretaria da Educação, o menor salário para professor primário é de R$ 139,50. Para primeiro grau maior e segundo grau, os salários oscilam de R$ 204,00 a R$ 362,00 dependendo da faixa salarial e das horas-aulas, informou a secretaria. Texto Anterior: Fiesp dá dinheiro para alfabetização Próximo Texto: Escolas dizem cumprir pedidos Índice |
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