São Paulo, quinta-feira, 1 de maio de 1997
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Motoristas rejeitam proposta e ameaçam parar na quinta

Pode haver paralisação em mais 15 cidades de São Paulo

DA REPORTAGEM LOCAL

Os motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo decidiram ontem à tarde, durante assembléia, rejeitar oficialmente a proposta feita pelo Transurb (sindicato das empresas) para evitar a paralisação da categoria, marcada para a próxima quinta-feira.
Os patrões haviam proposto anteontem um reajuste de 5%, aumento da jornada para 42 horas/semana e a manutenção dos outros benefícios.
Os trabalhadores insistiram em suas reivindicações: reajuste de 13% (pelo índice do Dieese) e aumento real de 7%, redução da jornada de trabalho de 40 para 36 horas/semana, convênio médico, aumento do valor do tíquete-refeição (de R$ 6 para R$ 8), melhora na qualidade dos produtos da cesta básica e fim da hora extra.
Segundo o presidente do sindicato dos trabalhadores, José Alves do Couto Filho, o Toré, a categoria vai esperar a nova rodada de negociações (agendada para segunda-feira) para decidir sobre a paralisação -entre 3h30 e 7h.
"Será um protesto conjunto, dentro da campanha salarial unificada da CUT (Central Única dos Trabalhadores)", disse Toré. Também ameaçam parar os motoristas e cobradores de Guarulhos, Jundiaí, Campinas, Sorocaba, Ribeirão Preto e de outros nove municípios no Estado.
"Depois da reunião de segunda-feira, faremos uma avaliação e definiremos o cronograma de manifestações da semana", afirmou Toré.
A prefeitura e o sindicato patronal vão esperar as negociações da próxima semana, mas já adiantaram que devem entrar na Justiça, caso a categoria faça paralisações.

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