São Paulo, quinta-feira, 1 de maio de 1997
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CPTM reabre linha férrea com problemas

MARCELO OLIVEIRA; ROBERTO COSSO
DA REPORTAGEM LOCAL E DA

FT
A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) voltou a operar ontem, sem registro de superlotação, o trecho de 49 quilômetros entre Pirituba e Jundiaí da linha Noroeste-Sudeste, mas o intervalo de 11 minutos entre um trem e outro, prometido pela empresa, não foi cumprido.
O intervalo de 11 minutos no horário de pico, das 5h às 8h, anunciado pela CPTM, era um dos pontos de melhoria no serviço, mas segundo apurado pela reportagem não pôde ser cumprido devido a problemas operacionais.
A reportagem obteve o controle de horário dos trens em uma das estações e verificou que, das 5h às 8h, a previsão só foi cumprida uma vez. Um dos intervalos chegou a 22 minutos.
O presidente da CPTM, José Roberto Medeiros da Rosa, disse que o intervalo de 11 minutos é apenas uma meta. "Quando o Metrô fala que o intervalo é de 90 segundos, isso só ocorre com alguns trens, em algumas estações."
Os "problemas operacionais", segundo Vitor de Almeida Noronha, diretor de operação e manutenção da empresa, foram a quebra de cinco dos 22 trens da linha.
Além do intervalo não cumprido, apenas oito dos 22 trens foram entregues reformados. Segundo Noronha, a CPTM contratou a Mafersa e o consórcio CCC-Cobrasma para reformar 22 trens de quatro vagões cada.
A Mafersa entregou os oito carros em operação na linha reativada, mas a Cobrasma só deve entregar o primeiro em maio, segundo o diretor.
Nas estações a situação é melhor que nos trens, mas também há problemas. A estação de Franco da Rocha não foi entregue completamente pronta. Resta ainda fazer uma obra na entrada da estação.
Todas as sete estações depredadas em 14 de outubro de 96 (Francisco Morato, Baltazar Fidélis, Franco da Rocha, Caieiras, Perus, Jaraguá e Vila Clarice) receberam nova pintura e acesso facilitado para deficientes.
O trecho reformado estava interditado desde então. Os usuários teriam destruído as sete estações, revoltados com o atraso e a superlotação nos trens.
(MARCELO OLIVEIRA E ROBERTO COSSO)

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