São Paulo, quinta-feira, 1 de maio de 1997
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BC fecha "brecha" dos importadores

SÔNIA MOSSRI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco Central eliminou ontem "brechas" que permitiam aos importadores escapar das restrições impostas pelo governo para o financiamento de importações com prazo inferior a 360 dias.
É mais uma medida do governo com o objetivo de tentar reduzir a saída de divisas do país e diminuir o déficit em conta corrente.
Déficit em conta corrente contabiliza a balança comercial (exportações e importações), de serviços (transportes, viagens internacionais e remessa de lucros e dividendos) e transferências unilaterais.
Nos três primeiros meses deste ano, o déficit em transações correntes atingiu a marca de US$ 6,836 bilhões, com crescimento de 86% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 3,43 bilhões).
A partir de agora, independentemente do prazo de financiamento, os importadores não podem mais adiar o pagamento de parcelas que vencem antes de 360 dias após o registro das importações junto ao Banco Central.
Para burlar as restrições no prazo de financiamento, importadores contrataram financiamentos com prazo superior a 360 dias.
As parcelas do financiamento que venciam antes de 360 dias não estavam sendo pagas no prazo, dando folga aos importadores.
O Banco Central também reduziu a burocracia exigida para abertura de cartas de crédito de importação, liquidação de operações de câmbio com pagamento antecipado ou à vista.
Essas transações não precisam mais de licença de importação quando isso não for exigido previamente pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria e Comércio.
A mesma circular também deixou claro que somente a importação de petróleo e derivados estão fora das regras de restrição ao prazo de financiamento.
A circular do BC impede que outros produtos, como metanol, fiquem fora das restrições.

Leia Mais sobre comércio exterior na pág. 2-6

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