São Paulo, sábado, 3 de maio de 1997
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Aquecimento foi inesperado

DA REPORTAGEM LOCAL

As especulações sobre possíveis medidas de contenção do consumo vinham crescendo desde o início do ano, quando a economia deu sinais de aquecimento maiores que os esperados pelo governo.
O crescimento constante da produção, mesmo em meses onde normalmente há queda -como fevereiro e março-, e do déficit comercial começou a incomodar a equipe econômica.
O anúncio de restrições já era esperado há mais tempo. Também se falava em medidas mais profundas, como a restrição dos prazos de financiamento.
"Mais branda"
O aumento do IOF acabou sendo uma medida leve. Como disse o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, José Roberto Mendonça de Barros, foi a "mais branda do arsenal de medidas que o governo tinha à sua disposição".
No entanto, Mendonça de Barros não soube dizer qual o impacto do aumento do IOF sobre cada setor. Segundo ele, o governo não preparou estudos setoriais.
"É difícil calcular os efeitos do aumento, porque o custo sobre o crédito varia de acordo com o prazo de financiamento", explicou.
"Em alguns casos, o impacto será razoável. Em outros, será insignificante", completou.
Os financiamentos de eletroeletrônicos, no entanto, devem estar entre os mais atingidos, porque a maior parte deles tem prazo entre seis e 12 meses.

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